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A mostrar mensagens de novembro, 2019

Ternura da Serra

Deslizo o meu olhar, Por essas curvas, Como sinto o tocar, De tão ternas rugas; De contornos diversos, Mais do que um esboço, Um traço de afetos, Desenha-se um rosto; Contempla seriamente, Recantos com história, Contemplados serenamente, Pelos tempos da memória; Cores, cheiros e formas, Escaras, sinais e feitios, Unem como nas somas, Os divinos e os gentios; Sente-se a comunhão, Em enleada simbiose, Dois estranhos dão a mão, Numa cúmplice hipnose; E se a tela deixa o pincel, E se as cores secam na paleta, E se o lápis abandona o papel, E se a borracha faz que esqueça; Aqueles dois amantes, Descobrem-se no olhar, Os corações distantes, Anseiam por se encontrar; E de novo se tocam, Sentem-se as velhas curvas, E enquanto se recordam, Sentem-se as novas rugas; Cai o manto branco, Escondem-se as verduras, Como no altar o santo, Acolhe as almas suas; Cantam um único fado, Nessa reunião fraterna, Ca