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A mostrar mensagens de junho, 2016

Sim ao Brexit… E agora?

                O Reino Unido referendou e o seu povo votou. Disse SIM. Um sim à saída da União Europeia, um não à Europa. E agora?                 Tem crescido o alarido em torno desta que é uma das principais novidades, no início deste milénio, a nível europeu. Um estado-membro que tenta disfarçar a orelha que ferve e o nervoso miudinho da sua precipitação naquela que é uma decisão de peso com direito a inscrição histórica, e uma UE incapaz de esconder o ressabiamento de quem com ameaças não tem como as fazer cumprir, o mesmo papão que papa tudo e que afinal tem uma congestão!                 O árbitro deu vermelho e como se fosse tabu a irreversibilidade da decisão, os jogadores ainda discutem a opção tomada. Um não recua por prestígio e aquele que era um ás de trunfo revela-se uma bisca seca, o outro não recua por incredulidade, por não conformismo com a reviravolta inesperada no jogo.                 As especulações são muitas, as indecisões ainda mais. Os “mercados”

A propósito do Brexit…

                Presentemente a Europa tem sido inquietada, após o drama Grego, com uma nova ameaça de saída da UE. O Reino Unido tem atiçado os nervos das principais potências europeias e daqueles que mais veemente defende uma Europa unida, a União Europeia.                 Muito se tem especulado, muito se tem escrito, alguns contos românticos outros, dramas de amores perdidos. Existem interesses políticos, sobretudo económicos, alguns estratégicos e muitos comerciais. Vivem-se pelos dias de hoje momentos de alvoroço, de grande sentido patriótico e de apelos à salvação europeia no caso em questão.                 A eventualidade da saída da União Europeia pode suscitar as mais diversas opiniões, certos de que algumas são mera ilusão e pura fantasia, creio que pouco credíveis. Vejo as possibilidades a referendo, com os seus naturais prós e contras, o chamado custo de oportunidade de tudo quanto é escolha e decisão. A manutenção do Reino Unido na UE, depois do choradinho

(Devaneios serranos) - As luzes já não servem

As luzes já não servem… Por entre os montes e vales, trilhos que serpenteiam encostas, rios que lavram desfiladeiros, lugares esquecidos nas memórias de uns e descobertos pelo espírito aventureiro de outros, facilmente por uma dúzia de metros nos perdemos conscientes por meia-dúzia de quilómetros. E assim, como o falcão do alto dos seus voos avista as suas presas, também aqui do alto de tão privilegiado pouso deixo os meus olhos voarem até ali, acolá e além perdendo-se nos detalhes da serra, reencontrando-se nas imperfeições do horizonte. Incansavelmente palmilham cada centímetro de tão vasta paisagem como que à procura de algo, não se sabe bem o quê, que por lá ficou em algures sem que se saiba exatamente onde. Tamanha vastidão que tentamos embarcar num só olhar, arrasta-nos na sua magnitude tão sufocante que nos leva após tal contemplação a emitir um inconsolável suspiro – pelo menos em mim produz esse efeito – reflexo da nossa impotência perante tão potente grandeza. T