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A mostrar mensagens de julho, 2020

Batel "D'avida"

No silêncio da saudade Como o apito que alenta, Finco-me ao leme da verdade, Perdido nas voltas da tormenta; Sem madre que me guarde, Sigo a bolina da sorte, Sem vela que afague E lágrimas de espuma enxugue; Erro nos segredos do teu manto, Entre os dedos escorregam teus cabelos, Preso pela paixão dum pranto Agarro-me à âncora dos medos; Ergo o mais alto mastro, Esqueço a terra sentida, Já de porão basto Oiço o sino da partida; E de popa tocada Pelo fado chorado, Levo na memória salgada, A tua culpa, perdoado! por Filipe Cortesão 0707EZ20