A Fome... As Pessoas... O Mundo...

Amanhã será apresentado no TAGV (Teatro Académico Gil Vicente, Coimbra) o documentário, “Nós alimentamos o mundo- A marcha da fome”!
A fome, é o maior flagelo dos dias que correm, no entanto sempre existiu, existe, e continuará a existir!
Todos os dias, irónicamente, na maioria dos lares à hora da refeição, comodamente à mesa, servidos de uma qualquer especialidade que nos agrada, tão agradável que nos leva a deixar umas sobras para o animal de estimação, ou até mesmo para o lixo, observamos o telejornal, através do qual nos chegam diarimente noticias a relatar casos de pobreza extrema e de pessoas, famílias e até mesmo nações condenadas pela fome! Nós, sociedades modernas, habituados ao constante progresso e aumento do bem estar social, esperamos (des)atentamente e repito, ESPERAMOS que este mal por si só, desapareça. Como podemos combater a fome a nível mundial? Eis a questão!!
As respostas a esta questão são as mais diversas, existem xxx milhões de pessoas, a nível mundial, desempregadas... existem yyy milhões de pessoas em todo o mundo a viver em pobreza extrema... existem zzz milhões de pessoas a viver com menos de 1,25$ dólares por dia (+/- 0,95€)... os números dizem... as estatísticas confirmam... são precisos mais apoios... São estas as soluções?! Toda a ajuda é bem vinda mas não, não são estas as soluções. Tudo isto não passa de uma simples identificação do problema, problema esse que está identificado há séculos, problema esse que é identificado todos os dias mas que precisa sim de ser combatido. Sensibilização?! Como diz o povo- «olhos que não veêm, coração que não sente». Que sabem esses individuos que tratam estas pessoas por números? Que sabem esses individuos que apenas se limitam a pedir ajudas, ajudas essas que acabam por ser mal destinadas, aplicadas! Que ideia têm eles do que é viver com 1,25$ dólares por dia? Eu não sei como é, mas se tivesse faculdades e possibilidades de ajudar directamente a combater este tipo de flagelo, gostaria de saber!
Nós que vivemos num país maioritariamente cristão, aproveito então para dizer, não basta querer o bem, é também necessário fazê-lo!
Não quero com esta opinião mostrar-me contra estas formas de alerta, antes pelo contrário, toda a ajuda é necessária, no entanto são mais as ‘sirenes que os bombeiros’!
Quem tem faculdades para ajudar mais de perto e mais intensivamente os que mais necessitam, que o faça com missões ‘numéricas’, peço desculpa, MISSÕES HUMANITÁRIAS, apoios devidamente dirigidos ao epicentro do problema, não ao bolso de responsáveis que prometem resolvê-lo! Forma popular de o dizer, não? Mas tão real como a dimensão deste flagelo que é, a FOME!
Se começarmos por ajudar activamente, na nossa rua, no nosso bairro, na nossa cidade e no nosso país, certamente chegaremos mais longe!

Cortesão

Comentários

  1. Filipe, segue aqui o meu comentário. Gostei do texto. A ideia chave é mesmo esta reciclagem de diagnóstico que, aliás, a cada versão não introduzem nenhum argumento particularmente inovador. Pior: não é um problema exclusivo desta questão.
    Eu salientaria, contudo, o lado que se ganha com ajudar - ao participar, por exemplo, nas missões humanitárias. Isto é, não temos apenas um dever moral, mas também um interesse de enriquecimento pessoal. Um exemplo é uma pessoa que nos dá apoio estatístico nas teses da faculdade e que volta e meia vai fazer uma missão humanitária à Guiné. Estas férias, tirou duas semanas, agora em Fevereiro, e foi para lá. Quantas pessoas iriam abdicar de dias de descanso para o fazer? É porque recebes algo, ganhas algo, ficas mais completo. Claro que te sacrificas. Não é para qualquer um.
    Feitas as contas, não se divulgam mais os casos como este, a existência de missões, etc. Eu tenho uma ideia que existem, mas se quisesse participar, como fazia? Abrcs.

    ResponderEliminar
  2. Olá Pedro! Foi com prazer que li o teu comentário. Prazer maior quando o acabei de o ler, por ter gostado... Em relação à tua pergunta, existem organizações que dão formação dependendo das missões (para preparar as pessoas) e, então depois, podes participar nas missões. Eu não sei onde moras, porque dependendo da zona tens mais ou menos facilidade de contacto com elas. Exemplo dessas organizações são a AMI ou, em Coimbra, os Jesuítas do Centro Universitário Manuel Nóbrega (239829712).
    Um abraço!

    ResponderEliminar

Enviar um comentário

Mensagens populares deste blogue

TIRANIAS DE ALGIBEIRA

O ERRO DOS RECURSOS HUMANOS

O OUTONO