À Alma Portuguesa
“Nobre Povo, Nação valente e
imortal…”[1]
Sim, somos nós, cada um de nós e
todos nós, portugueses e portuguesas!
Muitos dizem estes são os tempos, eu digo este é o tempo.
É o tempo deste Povo se elevar na
sua nobreza, na sua imortalidade e como sempre fez, como faz, e sem dúvida
continuará a fazer enfrentar as duras provas a que o tentam subjugar e mesmo de
joelho no chão capaz de olhar em frente, erguer-se e avançar.
É em nós que reside o meu
orgulho, é em todos nós!
Confesso, devo-o declarar, muita
é a angústia que vai em mim, muita é a tristeza que tenta ocupar lugar, quando
olho à minha volta e vejo os espaços, as ruas e o transportes vazios, o triste semblante
daqueles que ainda se veem forçados a enfrentar a fera, o medo do desconhecido
que tanto assusta os graúdos como o papão assusta os miúdos. Magoa saber que
todos somos de carne e osso e que uns sofrem agora mais do que outros. Nós os
portugueses que abrimos os braços a todos aqueles que vêm ao nosso encontro,
nós os portugueses que devolvemos sempre um sorriso, nós os portugueses que
sempre nos desenrascamos, nós os portugueses que vivemos na eterna saudade,
somos agora castigados, obrigados a abdicar da nossa genuína identidade, aquela
que não se descreve mas que se sente…
Mas NÃO, “há sempre alguém que
resiste, há sempre alguém que diz não”[2],
esse alguém são os portugueses e portuguesas, somo todos nós e nós vamos dizer,
NÃO. O medo, a tristeza e a dor não vão tomar o seu lugar, não vão roubar essa
nossa identidade!
Vamos dignificar os esforços de
todos aqueles que resistem e se sacrificam para que outros também resistam,
para que a sua dedicação, mérito e bênção não sejam em vão.
Vamos abrir braços de todos os
desejos materiais os mesmos pelos quais nos contagiamos, e sim vamos alimentar
a nossa saudade pelo bom augúrio, vamos sorrir ao nosso espírito, acalentar a
nossa alma, recordá-la da nossa identidade, da nossa resiliência intemporal.
Vamos dar o nosso melhor, vamos
dar tudo, porque “tudo vale a pena se a alma não é pequena”[3].
Contra ventos e marés sejam quais
forem as intempéries, nós lutamos, nós ultrapassamos e nós avançamos.
Os tempos já são difíceis e nós
já os estamos a enfrentar.
Eu acredito em nós, acredito em
cada um de nós, somos capazes de cumprir, somos capazes de ajudar, somos
capazes de resistir.
O futuro é incerto, mais
dificuldades virão tentar roubar o que é nosso mas nós temos certezas, a
certeza de que na nossa força interior, na nossa coragem, na nossa Alma Portuguesa
mandamos nós, nada a pode nos tirar e a certeza de que neste duelo ninguém
estará só pois somos únicos, somos unos, somos Portugueses!
Vamos dar as mãos ao nosso “Espírito
Lusitano”[4], unidos vamos vencer!
by Filipe Cortesão
"há sempre alguém que diz não..." e este é o tempo de dar as mãos.
ResponderEliminarSim, somos nós.
Abraço